Apocalíptica

Foi saqueada a terra das oportunidades

Tanto se mutilou que torna-se retalhos

Não compensam mais o trabalho

Sobras de todas as iniqüidades...

Não invocais a um deus salvador

Pois ele te virou as costas à tempos

Assistiu tua alma em remendos

Arrancando-te as asas em dor...

Quanto vale o trapo de imundícia?

Que arrasta-se de eras em eras

E que chance para o retorno esperas?

Não és, nunca foste... Uma lenda fictícia...

Anunciam as negras nuvens revoltas

O despertar de Apocalíptica!

Junta-te aos demais, alada mítica...

E te tornem tuas amarras soltas...

Cobiçosa que ambicionou os desejos vãos

Não pode lutar contra própria indiferença

Ser criado para anunciar a sentença

Apenas movendo as suas mãos...

Não podes mudar tua própria natureza

Não relutes em apontar os condenados

Escória por todos os lados

Não podes evitar tua frieza...

Não disfarce a indiferença que em ti habita

Não tente lhes explicar a tolerância a dor

Não ouse oferecer-lhes a dádiva do amor

Execute com competência a ordem dita...

Afasta-te...Isola-te... E almeje

O que jamais para ti foi designado

És anomalia e ser alado disfarçado

Jamais conseguirás, não rasteje...

Não insistas e te oculte novamente

E de seu abismo dissemine o fim

Pois para isso foste criada assim:

Dos sete, és o mais indiferente!

A natividade é tua marca enquanto há vida

Lembrará que proliferarás cólera e dor

Cumpri o teu dever não se coloque na berlinda

Não foste criada para o amor!

Receba desprezo...

À ti somente desprezo...

Receba desprezo e alimente sua ira!

São Paulo, 28 de Novembro de 2008, 04: 24

-=:|:=--=:|:=--=:|:=--=:|:=--=:|:=--=:|:=--=:|:=--=:|:=--=:|:=-

Lance Valante

Sinfoni Deo Dia

Pare Dirella

Senso María

Senso María

Ore Pare Dio Me

Sinfoni Deo

Cante María

Até que nós possamos caminhar em terra livre

Até que nós possamos escolher quem amar

Até que nós possamos dançar na água

Você segura nossas mãos juntas

Até que nós possamos caminhar em terra livre

Até que nós possamos dizer às crianças

Que a Terra é um lugar seguro novamente

Nós ficaremos em pé e esperaremos juntos

Shimada Coelho A Alma Nua
Enviado por Shimada Coelho A Alma Nua em 28/11/2008
Reeditado em 28/11/2008
Código do texto: T1307448
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.