Águas de Novembro
Não há vida em novembro,
Mês desbotado
Mês dos coitados.
Flores coloridas
Dizem falsas verdades,
Em todos os lugares
Não há nada,
Nada há em nenhum lugar.
Sabe aquele chão?
Não existe mais.
Sabe aquele sol?
Apagou-se!
Sabe a esperança?
É só um grilo verde.
E todo barro desenhado,
Feito lama ...
Águas de novembro
É o céu que está morrendo
... está morrendo