INVASOR = TÂNIA AILENE

Invasor

Tânia Ailene

Se um dia o meu caminhar não fizer mistérios,

o seu raio de sol me aquecer,

o meu sorriso será claro como o amanhecer de verão.

A tristeza toma conta da alma,

decepção que em meu peito queima,

sem nome, sem olhar, sem identidade.

Como pedra esculpida pelo tempo,

sou rocha bruta, senhora da dor.

Invasor da vida, posse anunciada,

juras de mentiras, falsas esperanças.

Correntes e elos de aço da minha alma,

violação humana sem perdão,

cárcere da vida.

Liberdade de pensamentos,

esses jamais serão tomados nem retirados,

nunca saberás o que tem dentro.

Ligações comprometedoras,

que tudo revela e a vida cala.

Aos olhos dos outros vítima,

aos meus prisioneiro da existência.

Vejo e sei que jamais será igual,

o não querer perder,te faz:

vil, mesquinho e amargo.

O tempo dono de tudo não te fará dono,

só POSSEIRO.

Por tudo te digo:

doença sem remédio, dor que não aplacas...

16/09/2005

Rio de Janeiro

Tânia Ailene Nua Poesia
Enviado por Tânia Ailene Nua Poesia em 28/03/2006
Código do texto: T129889