No dia em que te foste embora

Notei no frio

Que fazia lá fora

No dia em que te foste embora

Tudo o que tinha lógica

Deixou de fazer sentido

Pela pequena enorme razão

De já não estares comigo

As estrelas, as constelações

Perderam o seu brilho

Foram contigo

Deixando no teu lugar incontáveis lamentações

Dúvidas do que fiz, ou que deixei de fazer

Por qualquer motivo

Deixei de algo te dizer

Sendo a partida não anunciada

Deixas-te tudo para trás

Com uma carta onde não estava a tua futura morada

Lá falavas do que fomos, e do que podíamos ter sido

Num futuro condicional

Que não fui capaz de escrever, e ainda hoje não consigo

Li e reli essas linhas, sem realmente as entender

Pensava que o que éramos

Éramos tudo o que pretendias empreender

Mas cada fim, inicia um novo começo

Mudando eu pois

E tudo o que faço e o que digo agora obsessivamente meço

Porque estou farto de finais infelizes

Já não tendo lenços para as lágrimas

Nem paciência para andar triste

Por isso decidi renascer a cada nova aurora

Criar uma nova vida

Para esquecer aquilo que me tornei

No dia em que te foste embora

Poema protegido pelos Direitos do Autor