Minha Ruína

Minha ruína, bebo em longos tragos;

A morte sorvo lentamente.

Meu destino, vejo calado

A me fitar sofregamente.

Esta taça em minhas mãos,

O ardor me corroendo lentamente,

Rubros olhos, face rubra

E o delírio em mim intensamente.

Aproxima-se do fim o líquido rapidamente...

Desvirtuo a vida e nos prazeres,

Insana consciência de quereres,

A fumaça toma a cela completamente.

A morte encerra a vida;

Na garrafa finda o vinho;

As cinza acabam no cinzeiro;

O poema termina no lixo;

— Meu corpo jaz em ruína! —