Homem de Papel

Aquele que não tem coração

Não tem alma

Não tem sonhos

Não tem Amor, nem esperança

Desiludido com a vida

Aquele em branco

Sem nada por dentro nem por fora

Porém pego meu lápis para desenhá-lo

Escrever-lhe meus sonhos e desejos

E quando o faço

Aparece a borracha

Aquela devoradora de sonhos e afins

Sem escrúpulos e sem dó

Que simplesmente rouba-me

E o apaga todinho

Sem deixar nenhum rabisco

E quando dou por mim

O vento o leva, com sua fraqueza e leveza

Agora eu fico apenas com o lápis na mão

À espera de um novo papel...

Mesma Ela
Enviado por Mesma Ela em 20/11/2008
Reeditado em 23/03/2016
Código do texto: T1294585
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