Homem de Papel
Aquele que não tem coração
Não tem alma
Não tem sonhos
Não tem Amor, nem esperança
Desiludido com a vida
Aquele em branco
Sem nada por dentro nem por fora
Porém pego meu lápis para desenhá-lo
Escrever-lhe meus sonhos e desejos
E quando o faço
Aparece a borracha
Aquela devoradora de sonhos e afins
Sem escrúpulos e sem dó
Que simplesmente rouba-me
E o apaga todinho
Sem deixar nenhum rabisco
E quando dou por mim
O vento o leva, com sua fraqueza e leveza
Agora eu fico apenas com o lápis na mão
À espera de um novo papel...