Vacivu
Nenhuma pérola gerada entre a carne
Nenhum botão aponta no vasto jardim
Nenhum fruto nos galhos secos em encarne
O inverno mantém-se sem fim...
Não há para cair uma última folha
Evapora-se a gota que restou do orvalho
Definha-se sem vida a nobreza do carvalho
Não há passarinhos para que teus ramos recolha
Nos olhos as fontes mantém-se estéril
A boca rachada entreaberta infértil
A neve reflete na face descorada...
Jaz um corpo fútil esvaziado
De uma alma desocupado
Alma seca e definhada...
São Paulo, 17 de Novembro de 2008.