Filosofia De Um Ateu!

Eu morro!

Você morre!

Quem nunca morrerá?

Jesus morreu!

Maomé morreu!

Quem nunca morreu?

Eu envelheço!

Você envelhece!

Quem nunca envelheceu?

Envelhecer é morrer!

Viver é morrer!

Será bom morrer?

Eu queria morrer!

Você queria morrer?

Morrer!...Morrer!...Morrer!

Queria morrer hoje,

Mas não queria ninguém chorando meu corpo,

Alias não tenho ninguém a chorá-lo.

Queria poder sentir a sensação,

Dos vermes famintos devorarem meu corpo,

E eu me sentiria feliz!

Em saber que mesmo depois de morto,

Alimentarei aos vermes famintos,

Porque quem tem fome também morre.

Também não quero flores sobre meu corpo,

Pois elas de nada servem...

Sobre meu corpo quero apenas:

Uma toalha preta!

E ele tem que está nú,

Para eles (os vermes) não terem muito trabalho.

E ao me enterrarem,

Não quero um último “punhado” de areia,

Quero sorrisos por todos os lados.

Se estiver chovendo será bom,

Pois será o sinal que o tempo chora por mim.

Se estiver sol, será o sinal que um astro me ilumina.

Se estiver nublado, será a tristeza da natureza.

Também pode ser à noite sob o brilho da lua.

E se a lua não estiver?

Façam na noite escura, sob o negro do tempo.

E ser for noite e estiver chovendo que maravilha será!

Pois a lua não estar ela foi dar o seu lume.

A os amantes apaixonados,

Amantes que um dia casarão e terão filhos,

E que um dia irão morrer! Não sei do que mais vão.

Todos vão!... Todos vamos!...

Afinal eu estou morto ou vivo?

Que droga! Estou vivo.

Quero morrer!

Morrer hoje!

Você quer?

Morremos porque vivemos,

Afinal nascemos para morrer.

Eu não queria ter nascido.

Não vejo sentido em viver,

Vive-se para morte!

E se morremos deixamos de existir.

Nasci-se pobre morre miserável.

Nasce-se rico morre milionário.

O contrário bem que poderia acontecer!

Ver nos filhos a continuidade de nossa existência,

Que engano “os filhos dos filhos dos nossos filhos”

Nem saberão que um dia existimos.

Mais se você leu isso,

Que chamamos de poema,

E o achou um tanto desiludido.

Há de concordar comigo,

Que você um dia irá morrer!

E que tudo o que disse é verdade.

Se você não concorda que posso fazer?

Eu acredito que tudo é verdade,

E isso é o que importa.

Porque a verdade só existe,

Por causa da mentira.

Assim como a morte.

Ela só existe porque existe a vida.

Tudo é conseqüência de algo,

Tudo tem um lado oposto.

Se a morte e o preço que pagamos para viver.

Então vivemos para morrer.

Alias ninguém nunca nos consultou.

Se nós queríamos pagar esse preço para viver.

Nascemos de uma decisão onde não fomos consultados.

Sem sabemos qual seria o nosso nome.

Nossa estrada...

Se nós seríamos rico ou pobre.

Joga-nos no mundo.

E o mundo é o inferno!

Sofremos por viver.

E no fim paga-nos com a morte.

Cadê meus direitos humanos!

Eu exijo que me dêem uma explicação.

Quero que alguém me explique tudo, tudo!

Há esqueci-me,

Não será mais possível,

Pois eu já estou morto...

Eu não vivo vegeto!

Viver num mundo como este não é viver!

Um mundo onde impera a ganância.

Onde só rico tem vez.

E o pobre que se exploda.

É assim que pensa o mundo.

Está história de amar ao próximo,

Foram idéias loucas de um menino rebelde.

Ele mesmo só amou a si próprio.

Está no livro:

“Ame ao próximo como a ti mesmo”

Eu afirmo:

“Ame a si mesmo, antes de amar ao próximo”.

Quem pregou essa doutrina não á seguiu,

E assim foi:

Morreu sozinho numa cruz,

Que egoísmo! Poderia ter levado com ele os doze.

Mais quis bancar o herói sozinho.

Dizia-se filho do supremo,

Não passava de um Filósofo,

Diferente, mais Filósofo.

Com pensamentos e idéias diferentes,

De todos os outros que já existiram

Mais não deixa de ser um filósofo e nada mais.

Depois de Sócrates, Platão e Aristóteles,

Ele foi filósofo que pregou a igualdade.

Igualdade esta que nunca se teve.

Ele sempre homem,

Sempre pregado numa cruz,

Sempre menino.

Quanto mais sei a seu respeito,

Mais duvido de sua existência,

Porque eu só creio no que vejo.

Que chato deve ser,

Ser um ser sem identidade,

Deus, menino, homem, divino.

Filho de um homem que não é seu pai,

E de uma mãe que o teve ainda virgem,

E ele nasceu santo da carne pecadora.

Ser pai...

Ser filho...

Ser espírito...

Ser santo...

Amem!

Rebela-se Jesus

Mostra-te realmente como és,

Filosofo da igualdade.

Deixa teu pai,

Volta a ser amigo de Judas.

Que nunca te traiu.

Volta para terra,

Vem amar a Madalena,

Sua eterna namorada.

E apossa-te do seu corpo,

Que a ti foi dado esse direito

Exerça seu direito de homem.

Homem que sente prazer,

O homem que sempre quis ser,

Homem e nada mais.

Se você que dizia-se filho do homem morreu,

Quem somos nós simples mortais,

Para querer-nos vida eterna.

Morrer é uma obrigação que nos foi imposta,

Exercê-la é o nosso sacrifício.

E isso não nos foi consultado.

Se tudo isso são verdades absolutas,

Nem eu mesmo sei,

Apenas sei que também não são mentiras.

Não tenho nada contra o Cristianismo,

Apenas não sou a favor.

E se Deus existe faça a sua parte.

Castigue-me,

Ou perdoe-me,

Afinal sou homem.

Sou errante,

A carne é fraca,

E Deus não vai querer perder uma alma.

Ignorante talvez,

Agnóstico, porém.

Até que me provem o contrário.

Se a Deus foi dado o direrito de perdoar.

Eu exijo o meu perdão,

Sou carne, sou fraco.

Deus perdoe-me,

Mais a vida obriga-me a ser assim.

Agnóstico...Ateu...Mais crente.

Crente na verdade que vejo,

Que sinto!

E que sou!

Adriel Gael.

Adriel Gael
Enviado por Adriel Gael em 26/03/2006
Reeditado em 28/12/2010
Código do texto: T128655