CALAMIDADE

Entoemos um hino à calamidade pública...

Ao descaso da classe política, à corrupção.

Aos aristocratas que se vestem da falsidade,

E passam a perseguir o ideal da ostentação.

À famigerada ordem dos homens gananciosos...

Que se vestem de cordeiro para nos conquistar.

Na calada da noite se mostram vis e ordinários...

E de dia simpáticos atores, aptos a argumentar!

Lancemos o nosso olhar de desprezo e revolta...

Àqueles tiranos que semeiam a tal infelicidade.

Absolvidos pela Justiça terrena à nossa porta...

Esboçam a nefasta e inevitável insensibilidade.

Pirapora/MG, 15 de novembro de 2008.