TRAGO NO PEITO

Trago no peito as dores

De um amor que foi desfeito

Trago também lembranças de flores

Que um dia enfeitaram meu leito.

Leito onde nos dois nos amávamos

E o amor era o único a reinar

Ali também nos despojávamos

De toda saudade que vivia a atormentar.

Saudade que a distância nos opunha

A trazê-la sempre guardada no peito

Do nosso amor era a única testemunha

Sempre tentando expulsa-la do nosso leito.

Mas hoje nem à distância mais nos incomoda

Pois cada um segue o seu destino

Desfazer-se do amor já virou moda

Procurando viver um amor clandestino.

ANGELICA ARANTES
Enviado por ANGELICA ARANTES em 15/11/2008
Código do texto: T1284138
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