Ide...otário

Situação controlada, deflagrada...

– nova:

Façanha.

Políticos: louco?

Sem vergonha?

Nos registros de nossa história sempre houve escória,

Lama, espoliação.A cada novo pleito, tapamos o sol com a peneira, acreditando que desta maneira teremos solução.

Em campanha, nos apanham, cheios de esperança que algo novo aconteça.

Crentes na renovação de hábitos, acreditamos na lábia do farsante.

Anfiguris distorcidos...

Falam

Falam

Gesticulam

Numa seriedade inebriante.

Nós otários;

Muitas palmas

Viva!

Não temos dúvida:

Seremos a mais sólida economia.

Num estalar de dedos toda aflição vai pelo ralo:

pobreza, inanição, desemprego, filas intermináveis, trânsito caótico: acreditamos ser palavras extintas de nosso vocabulário.

Utopia!

Passa-se o tempo. Feitos serpentes

-famintos...

Arrastamos aos pés dos que elegemos

Cobrando-lhes promessas de campanha.

Em resposta, com desdém, sarcasticamente, nos alijam a segundo plano.

Riem de nossas fuças,

Atiram-nos na lama da desesperança.

(in) mundo ingrato!

Voto: arma?

Soluciona problemas? Não?

Continuará o dilema,

Enquanto manobrarem a população.

Furtivas promessas, mentiras, resoluções faraônica: enganação.

Marqueteiros escrevem, candidatos obedecem.

Descompromissados papagaios,

Repetem entrelinhas linhas o que lhes fora imposto pelo coordenador de campanha: falsários.

Para nosso amargo desgosto,

Ironicamente definem nosso destino.

Para o brejo nos arremessa,

sem a menor cerimônia.

Jogam-nos ao léu.

- Danem-se expurgos..

Até a próxima eleição.

Fatima Paraguassú
Enviado por Fatima Paraguassú em 23/03/2006
Reeditado em 27/04/2008
Código do texto: T127156