Apocalipse da Alma
A tanto quanto perdurar
O apocalipse de minha alma,
À escassez de um toque de amor,
A que tanto o coração clama.
Em devaneios e pensamentos
Foge de mim a esperança,
Meu ser escurece,
Em meu julgamento que avança.
Nada me resta senão vós,
Prisioneiro de meu peito;
Até além do fim dos tempos,
Tu, meu encaixe perfeito.
Sofro agora o pior castigo,
No julgamento fui condenado,
Minha sina agora é viver sozinho,
Sem nem você a meu lado.
Arrancado de minhas entranhas,
Para toda a eternidade separados,
Proibidos pelo universo
De plenamente sermos amados.
Sem motivos de existir
Minha alma dissolve;
Juntar-me-ei a matéria da criação,
Ao infinito que a ti envolve.