Aparando as arestas deste amor
Silencie o quanto puder
porque minha alma já foi calada.
Não haverá mais a mesma constância,
sou um veio de intolerância,
numa solidão tão fustigada.
Debruço-me sobre a janela,
em buscas que nunca termino.
Inteiro em indagações,
perdido em total desatino,
ainda aguardo o que me resta.
Olhos embaçados, desilusões,
vejo apenas o que poderia ter sido.
Aquele encontro, aquela festa...
Tamanhas decepções,
nada além é o que tenho vivido.
Hora de aparar esta aresta.