Tu

Deves estar a falar

Porque não te consigo ouvir

Numa língua comum

Que para mim continua estranha

Com um sorriso

Que interpreto

Como um mutismo

Musicalmente

Sendo na realidade ruído

Com vontade

Embora seja frete

Tu

Chegas a casa

Com pezinhos de lã

A fazer um barulho que me assusta

De morte

Porque finalmente chegas-te

A horas

Mas demasiado tarde

Tu

Taizé

Verão de 2005

Poema Protegido pelos Direitos do Autor