PASSIONAL
Em um crime passional,
nada existe de amor, aí está o grande mal.
O orgulho agora impede, vidas e vidas são sofridas.
Eloá, menina ainda criança,
soube do mal que a vida oferece.
Não pode sua vontade fazer,
sem que o outro pensasse ela ofender.
Com o grande infortúnio, presa cativa
Do conjugue com ódio voraz
Não poupou sua vida, loucura instalou, ali, sem medida.
Um sonho que acaba, outra chance não terá.
Caráter impulsivo, ainda também um menino.
Ceifando seus próprios sonhos e de sua dita amada,
Não imagina na sua insanidade a grande dor para a humanidade
Que assiste estarrecida a mais uma tragédia de desamor.
Quantas e quantas “Eloas” sofrem essa mesma dor...
Por não poder dizer não a quem o amor já os deixou!
Agora em seu leito aguarda, inerte, a morte.
Seus pais pessoas do bem, mal sabiam ter em sua casa quem a faria refém.
Maltido seja para a vida toda, não existe motivo para essa demanda,
Amor próprio ferido, orgulho por amor não ser correspondido.
Eloá tão querida, tem sua vida brutalmente, interrompida.
Para os que com ela viviam, levam a grande dor.
A dor da despedida, essa dor é infinda.
Nanci Laurino
19/10/08