A HORA DO ADEUS
Seus olhos tudo diziam quando de olhos baixos me procurou
Na hora triste do adeus, nada disse, nem um gesto você fez
Nem precisei de palavras, tua atitude tudo mostrava
Adivinhei teus propósitos, mas a dor disfarçava
A dor fez doer minha alma quando você foi embora
Queria implorar que ficasse, me humilhar e te gritar
Não sei se entorpecida ou calma, nada fiz...
Mas uma lágrima doída rolou na minha face
Tão logo você se foi, despenquei em desespero
Fechando atrás de ti a porta, numa triste façanha
Meu coração sangrou tanto, que pensei ser um pesadelo
Quase que sucumbe e não suporta, devido à dor tamanha,
Qual lâmina afiada, doeu no fundo, minha carne sangrou
Ainda martelava em mim suas palavras e a forma como tudo terminou
Lembranças agora me tomavam, nada mais me restava
A não ser vivenciar esta história mal acabada
Mas tive que me render, enfrentar a realidade
E aceitar o teu adeus, numa triste saudade
Aprender a conviver com meus dias vazios em noite breu
Sem a tua alegria e carinhos que tanto alegrava os dias meus.
Tive que me render ao teu adeus...
Vitória/ES - Em 18/10/08 –