À luz da razão
À meia luz, a claridade da mente.
Entre um pensamento e outro, alguma verdade.
Antes do amanhecer termino a procura,
abandonado pelo carinho e a ternura,
que traziam a serenidade.
A alma, aflita, não disfarça os anseios.
E agora tudo o que eu mais queria
era que seus fins não fossem meus meios,
porque ainda trago com algum cuidado
os sentimentos que nem mesmo você,
com sua indiferença, conseguiu destruir.
E no descontentamento do que não foi dito,
cala-se a verdade que nunca nos pertenceu.
O tempo todo eu só fiz sentir
entre as luzes de um falso luzir
um brilho que nunca foi seu...