LIMIAR DO TEMPO

É tarde.
Estou no limiar do tempo;
entre o ontem, o hoje e este momento,
curvado à solidão e ao tédio,
no umbral do sofrimento.

Vela-me a silenciosa voz do vento...
Soturnamente a morte faz-me assédio.

Rival da vida,
ela age escondida.
E nesse duelo riso e pranto,
desafio, desencanto,
no qual a existência se isere,
assim falou Tartiére
ao que se resume a vida [ e a sorte ]
à tragicomedia: a busca pela Felicidade
e a ciência do fim,
ou seja,
a Morte.
LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 18/10/2008
Reeditado em 06/11/2008
Código do texto: T1234826
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