REVOLTA
QUERO QUE TODOS SE OLHEM NO ESPELHO
E VEJAM DENTRO DE SI O QUANTO SÃO PODRES.
NÃO VOU ME FAZER DE CULPADO, CONFESSADO
PARA VIRAR VÍTIMA
PORQUE SOU VÍTIMA E PRONTO!
NÃO ME DESCULPO DE NINGUÉM
E AS DESCULPAS QUE JÁ DEI RETIRO
E AS QUE DAREI DESMINTO.
NÃO VENHA ME AFAGAR COM CARINHOS
E ELOGIOS INSENSATOS.
NÃO ME PEÇAM MAIS NADA SORRINDO QUE NÃO FAREI.
NÃO ME VENHAM COM ELOGIOS, NÃO PRECISO DE NINGUÉM.
NÃO, NÃO PRECISO DE SUA PRESENÇA NULA
E QUE SE DANE SUA CRENÇA EM MIM.
EU ACREDITO NESSE QUE VOS DIZ E ISSO BASTA.
QUERIA VOLTAR NO TEMPO E SER MAIS CRIEL QUERIA NECESSARIAMENTE DIZER NÃO
E DESNECESSARIAMENTE RIR , SOLTAR GARGALHADAS INFLAMADAS
DAS SUAS FEIÇÕES ESTUPEFATAS
DAS MINHAS NOVAS REAÇÕES
(MAS A SABEDORIA NOS ACORRENTOU SABIAMENTE AO ESPAÇO-TEMPO)
AINDA BEM QUE A CORRENTE É COMUM.
NÃO ME CRIEM, NÃO ME RIAM,
NÃO ME ENSINEM, NÃO ME ORIENTEM, NÃO
QUE DE ORIENTAÇÃO JÁ ME BASTAM OS LIVROS!
E SE NÃO GOSTAREM NÃO ME LIXO NÃO ME IMPORTA
ESSE POEMA NÃO É "DERROTA"
NEM É "AGRADO"
NEM É "SENSATO"
NEM É "VIDÃO"
ESSE POEMA É "REVOLTA".
emerson cruz