VIDA DESILUDIDA
VIDA DESILUDIDA
A dor em meu peito
É como o gelo a grau zero
Que fere o corpo e atrofia
Que torna a alma mais fria
O viver sem esmero
A dor no meu peito
Não há quem tanto a suporte
Dilacera tal corte de cirurgia
Sem que se aplique anestesia
Sinto chegar a morte
Talvez com esta a sorte
Levasse-me para algum lugar
Onde esse amor eu esquecesse
E minha alegria pudesse voltar
Eu nasceria mais forte
Com um novo desejo de amar
Era como se hoje eu morresse
E amanha viesse a ressuscitar...