O autor
Aos escrever meus poemas,
Entro em tranze profunda,
Uma intensa ilusão,
Uma utopia gerada pelo mundo.
Sei que meus poemas
Não chegam nem perto
Dos de "Toninho Alvares de Azevedo",
Como dizia meu professor de literatura,
Aquele sabia tudo,
Eta divina criatura.
Da tal doença do século,
Eu não tenho medo.
Não bebo, não fumo,
Sou um menino andando sem rumo.
Não sei a que classe pertenço.
Redondilha maior,redondilha menor.
Poemas decassílabos,
Nem sei como são elaborados.
Pra mim, isso é coisa do passado.
Eu escrevo por já ter sofrido,
Por um dia já ter amado.
Sei que jamais serei
Um poeta renomado.
Meus poemas nunca
Serão cogitados.
Mas não me importo,
Pois sou apenas um sonhador,
Um louco apaixonado.
E eu sigo aquele velho ditado.
"De médico poeta e louco,
Realmente todo mundo tem um pouco".