O autor

Aos escrever meus poemas,

Entro em tranze profunda,

Uma intensa ilusão,

Uma utopia gerada pelo mundo.

Sei que meus poemas

Não chegam nem perto

Dos de "Toninho Alvares de Azevedo",

Como dizia meu professor de literatura,

Aquele sabia tudo,

Eta divina criatura.

Da tal doença do século,

Eu não tenho medo.

Não bebo, não fumo,

Sou um menino andando sem rumo.

Não sei a que classe pertenço.

Redondilha maior,redondilha menor.

Poemas decassílabos,

Nem sei como são elaborados.

Pra mim, isso é coisa do passado.

Eu escrevo por já ter sofrido,

Por um dia já ter amado.

Sei que jamais serei

Um poeta renomado.

Meus poemas nunca

Serão cogitados.

Mas não me importo,

Pois sou apenas um sonhador,

Um louco apaixonado.

E eu sigo aquele velho ditado.

"De médico poeta e louco,

Realmente todo mundo tem um pouco".

Walison Muniz
Enviado por Walison Muniz em 15/10/2008
Código do texto: T1229607