Versos submersos...
Escrevo, escrevo, escrevo...
Pra que o mundo de sentimentos,
Que se reviram no meu peito,
Não se voltem contra mim...
Mas com o passar dos versos,
Ficam todos submersos.
E as palavras do meu texto
Vão chegando ao fim...
Já não consigo pensar
E os sentimentos revoltados,
Elevam a tensão...
Os verbos se conjugam, errado.
Os pronomes indeterminados,
Adjetivos sem personificação.
Tudo fica desalinhado.
Retrocedendo nos fatos
Só vejo confusão...
Contenho a imensa vontade,
De atacar estas páginas,
Com a fúria de minhas mãos.
Pois de que valem papéis amassados,
Poemas em retalhos,
Espalhados pelo chão...
Vou abandona-los neste recanto,
E torcer pra que um ser superior,
Encontre neles algum encanto,
E pra que eu, entre este úmido manto,
Repare meus erros tantos,
E encontre paz interior...