Versos submersos...

Escrevo, escrevo, escrevo...

Pra que o mundo de sentimentos,

Que se reviram no meu peito,

Não se voltem contra mim...

Mas com o passar dos versos,

Ficam todos submersos.

E as palavras do meu texto

Vão chegando ao fim...

Já não consigo pensar

E os sentimentos revoltados,

Elevam a tensão...

Os verbos se conjugam, errado.

Os pronomes indeterminados,

Adjetivos sem personificação.

Tudo fica desalinhado.

Retrocedendo nos fatos

Só vejo confusão...

Contenho a imensa vontade,

De atacar estas páginas,

Com a fúria de minhas mãos.

Pois de que valem papéis amassados,

Poemas em retalhos,

Espalhados pelo chão...

Vou abandona-los neste recanto,

E torcer pra que um ser superior,

Encontre neles algum encanto,

E pra que eu, entre este úmido manto,

Repare meus erros tantos,

E encontre paz interior...

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 08/10/2008
Reeditado em 27/03/2009
Código do texto: T1218019
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