LÍNGUA CHULA

Fiz um discurso de massa

Que grita sua desgraça

Expondo seu saco-cheio

Brigando contra seu meio

Aliando-se a outra banda

Rodando numa ciranda

Falando uma língua chula

De quem perdeu a matula

No palco da derrocada

Na terra do quase nada

No antro da vaidade

Que já foi boa cidade

Insistindo em seu engano

Faz cento e cinqüenta anos

Seu povo já não aguenta

Seu motor que não esquenta

Tem um destino esquisito

Qual trabalho de mosquito

Vasculhar latas de lixo`

É seu fado ou seu capricho

Não acerta o endereço

É assim seu mau começo

Cai sempre na lengalenga

Na dura sina de quenga

Elopere
Enviado por Elopere em 06/10/2008
Código do texto: T1214552
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