O seu último poema.
Grite, chore, berre, erre mentindo para si mesma,
Minta para que depois de tanto tentar
Você também possa acreditar
Na inverdade que pelos seus lábios convenceu o mundo inteiro.
Diga que para fazê-la feliz eu não fiz o que pude,
Se atire em outros braços tentando esquecer o amor
Que aos seus olhos fora tão traiçoeiro e rude...
E te digo que as suas verdades
Foram grande parte
De tudo aquilo que fez o nosso amor sucumbir.
Às vezes a razão é cega e burra
E não passa de meras desculpas
Que fazemos o coração engolir,
Mas te permito apedrejar a quem só quis te entregar um amor infinito e verdadeiro
Se isto for preciso
Para que ao por a cabeça sobre o travesseiro
Você esqueça que teve nas mãos um grande amor e fez tudo para perdê-lo,
E mesmo assim em paz você possa finalmente dormir.
05/05/07
Vitória-Es