Coisas do coração
Queria que o meu coração não tivesse barreiras
E não ditasse as regras do sentir
Queria que o meu coração não tivesse muros
Nem blocos de gelo.
Queria um coração singelo
Para que eu visse o belo em tudo
Queria um coração tão puro como de um beija flor
Queria um coração criança, inocente.
Que não fosse indecente, e não portasse segredos obscuros.
Queria que o meu coração não tivesse emendas
E nem rasuras
Queria que o meu coração fosse pleno de ternura...
Mas esse coração que bate acelerado no meu peito
Um dia foi quebrado em mil pedaços
Não tiveram dó; não tiveram piedade!
Cuspiram; escarneceram!
E por muito tempo dentro de mim ficou um vazio profundo
Mas consegui juntar os cacos
E criei um coração de ferro
Cheio de travas e grades de aço
Só sei que é um coração que bate dentro de mim
Porque ainda não perdi o desejo de amar