A criança

A criança

Neste caminhar de meu viver, deparei-me com seu ar tristonho

seus olhos miravam o infinito, demonstravam só solidão,

a criança compenetrada, queria que o momento triste fosse sonho,

entretanto mesmo na sua inocência, via no caminho só podridão.

Seguia os passos de quem tentava protegê-la, mas só seguia,

o caminhar era incerto, os pedregulhos da vida a machucava,

seu semblante mostrava um medo de alguém que a perseguia,

não sentia segurança, por causa de tantas coisas que a atacava.

Cada tropeço provocava cicatrizes com dores constantes,

a infelicidade começava a inundar aquela alma de criança,

talvez acreditasse que a felicidade seria por breves instantes,

dúvidas naturalmente iam formando e pior, sem esperança

Tentei gritar: ó pequeno ser, poderás encontrar tantas belezas!

Incontáveis alegrias que podem preencher teus caminhos,

deves ver constatando sempre, que na vida não é só tristezas,

mas, meu Deus! Ela continuou caminhando entre espinhos!...