CENA
PARECIA QUE TODOS OS “AIS” ESTAVAM ILHADOS NAQUELA MESA,
TRANSPARENTES EM CADA PONTA DE CIGARRO NO ABARROTADO CINZEIRO,
E SOLITÁRIA A CADEIRA AINDA REFLETIA A FACE LÍVIDA, TESA;
IMPASSÍVEL A VIDA ENCENARA MAIS UM ATO INTEIRO.
“FLASHES” DAS CENAS CUJOS ATORES
DESNUDOS DO CALOR DO TEXTO,
SORVERAM DA GARRAFA DO NADA, MEIO COPO DE DORES,
E SE EMBRUTECERAM NO ESQUÁLIDO CONTEXTO.
NO IMAGINÁRIO DE OUTREM, NAQUELA MESA FRIA SEM GRAÇA,
DE CIÚMES E QUEIXAS REPLETA
ESVAECIA O PROPÓSITO E O SENTIMENTO FEITO RASTILHO DE FUMAÇA
ANUNCIAVA MAIS UMA DESILUSÃO DO POETA.
ASSIM VISUALIZEI A CENA
FIZ DO PONTO O CONTRAPONTO, REZEI A REZA,
SEGUI O ROTEIRO DE CERTEZA PLENA,
VOLATIZANDO-ME NO PINGO DE SUOR DO MESTRE ZEZA.
A. JORGÊ
Mestre Zeza citado no texto é Zeza Amaral, Jornalista, Cronista, Compositor, mora em Campinas/SP, prega que para se escrever um texto é necessário muito trabalho, muito suor, e não a simples inspiração.
10/09/08
1º Encontro dos Rascunheiros de Campinas