Não vai ter jeito
Não vai ter jeito
Na casa tem duas portas,
Uma aberta outra fechada,
Uma palavra falada,
É uma flecha lançada,
Qualquer dilema é parábola,
Uma divida é servidão,
Quando se moem as canas,
Sobram os bagaços,
Nas águas correntes
Eu viajo nesta estrada,
Não tenho pousada,
Isso ainda é pouco,
As portas não têm as chaves,
Quem sovou a cana tirou o mel,
Devo não nego, pago quando puder,
Na caneta faço os versos,
Quando findar a estrada,
Não quero morrer errado,
Já plantei duas arvores,
Para armar minha rede.
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