SORTE
SORTE
Paulo Gondim
23/08/2008
Virei as costas para mim mesmo
No avesso de todas minhas crenças
Questionei dogmas, desvendei enigmas
Desalinhei-me em muitos paradigmas
Esquecido da fé, em minhas desavenças
Vi meus caminhos se fecharem
Atirando-me ao destino da sorte
Abdiquei de todos meus valores
Entregue aos altares dos horrores
De pé, cara a cara com a morte
Como oferenda que se imola na fogueira
Em sacrifício vil a um deus pagão
Eu me entreguei em busca da verdade
Despi-me de toda vaidade
Mas em tudo, a vida disse NÃO!