O Silenciar da Ilusão
Silencia-se,
fazendo forasteira a ilusão.
Cala-se as ternuras e brincadeiras
De enamorados descobrindo-se.
Debruço-me saudosa e lânguida
Sobre as doces lembranças.
Agora, a sensatez baila ao meu redor
Indicando-me cada evidencia.
A solidão aproxima-se
sorrateira da minha porta
e meus sentidos espreitar.
A esperança que sorria ainda a pouco
Procura outra trilha,
Que seja mais linda, leve e solta,
Que não deixa pegadas
Nem para trás se volta.
Os ecos dos enganos ressoam
Fortemente, onde outrora,
Quase me deixei acreditar.
A realidade arrepia
os meus sentidos a espiar.
Então tristemente percebo,
que tua doce candura
Era apenas ilusão
Se confundindo com a minha
A nos enganar.
Acordo, para um capricho
Que o destino assim o fez,
Então faço, desfaço e refaço,
Meus ideais ainda a cores
Arco-íris a brilhar.
E é lá que percebo,
ainda estão, meu sorriso em meu olhar
Tamborila, apenas,
Uma insistência para ser feliz
E ao amor me entregar
Célia Matos,11/03/1999
e 18/08/2008