DEPRESSÃO

Cavernas pertubam meu sono, vejo a sombra da morte nos meus pesamentos.

Gente chorando a perda de um ser, e gente sorrindo ao nascer de alguém.

Os sons já não ferem os meus ouvidos, pois não consigo ouvir.

Atravesso paredes de dialogos, e encontro o fantasma que me atormenta, me chamando pra morrer.

Armas sorriem pra mim, canhões ferem meu coração, cansado de chorar.

Balas sem direção que me acompanham ao caminho do nada.

Gente que cresce e para respirar o cheiro imundo do esgoto que vomitamos todos os dias.

Uma revolução acontece: A s prostitutas se prostituem mais ainda, as flores apoderecem, os espinhos crescem, o homem morre dentro dele mesmo e tudo acaba no conto de sonhos.

Um cigarro consumido, um rosto zangado pelas belas perdidas, pois elas poderiam ter matado muita gente inuti.

Carros me atropelam e eu não morro, predios destroem-se e matam os documentos da existencia.

Minha bota mata flores sem querer, pisa em cuspe sem estar com vontade.

Ela faz o que eu mando, o que eu ordeno.

Agora eu ordeno a minha morte. ordeno meu enterro.

E quero que me esqueçam, porque fui mais um a balear com palavras e não com atos.