A Fuga
Queimo fotos dos bons momentos,
Apagando lembranças que me torturam,
Fugindo do paradoxo de “bom” ser “péssimo”,
Adaptando minha vida a hipocrisia e realidade.
Soando o acorde de um violão,
Acorde! Acorde! Mude seu trajeto...
Rumo ao intolerável e aceitável...
E na fuga da verdade, aceito meu som como o único amor concreto,
Que não me decepciona na canção,
Que não me deixa só em seu silêncio...
Pois meus dedos calejados mostram o empenho,
E te acalanta com toques leves,
E te arrepia com pegadas fortes...
Sendo eu, sentimental... E você, artificial...
Não me deixará nem por um deslize...
Seja a mediocridade das influências,
Em meus braços mostra fidelidade...
Violão meu, é num Rock acústico,
Que me alivia das imperfeições humanas,
Que eu não via...
E te admiro com sinceridade.