BASTA

Chega de se humilhar

desconsiderar, se rebaixar,

dizer amém

quando não convém;

Basta de se perder

na sombra da desfaçatez,

chega de aviso

não é disso que preciso,

nem a insensatez

das loucuras,

basta de improviso!

Quero mais

sair desse atormentado festim,

desvestir o falso cetim,

tirar essa palidez de mim;

Quero de volta meu encanto,

meu recanto, minha paz,

sem rodeio, sem alarde

renascer numa bucólica tarde,

assim mesmo como hoje sou:

“Cheio de defeito”

Porque ninguém é perfeito,

disse ninguém...

Ir adiante com minha escrita,

que para os intelectuais

é chata, sem graça, proscrita,

para o ser comum

é poesia bendita;

Então basta!

Nunca fui nem serei

da fina casta...

Não estarei com você

estarei com quem me ouve e lê.

17/04/07

A. JORGÊ