AMEI QUEM NÃO DEVIA

AMEI QUEM NÃO DEVIA

(Sócrates Di Lima)

Devo calar-me, devo ouvir minha razão,

Ela me diz que estou errado.,

Pois dei ouvidos ao meu coração.,

Agora, amargo é o gosto do meu pecado.

Pequei por amar quem não devia.,

Pequei por deixar crescer essa fantasia,

Pequei por não crer no que ouvia,

Quando minha razão me martelava todo dia.

Eu não acreditei, dei asas á minha imaginação,

Voei, voei para longe da minha realidade.,

Achei que essa era a minha missão,

Como último ato, amar sem me importar com a verdade.

Verdade que estava estampada na minha surrada inocência,

Que me mostrava a outra face do prazer.,

Do prazer de amar sem me ater ás conseqüências,

Quando o amor prega essa peça no meu querer.

Me sinto inútil, sem rumo e desolado.,

Gritei desesperadamente aos quatro cantos,

E meus gritos ecoaram e retornaram aquebrantado,

Que somente eu ouvi, e me fez cair em prantos.

Não são prantos de lágrimas nem da dor de perder,

Mas por ter dado oportunidade sem querer.,

Ao meu coração que pediu para viver,

E agora se aprisiona para não sofrer.

E quando passar essa cruel tempestade,

Hei de saber que mesmo assim valeu a pena.,

mesmo contrariado, tive a chance de amar de verdade,

Pois, imaginava que nunca mais repetiria esta cena.

Então, pela última vez apago esse incêndio provocado,

Que me queimou sem deixar marcas desse passado.,

E por saber que o meu grito foi por bem abafado,

Pelo meu silêncio que na minha alma ficou sacramentado.

(Em 25/07/2008-Registrado)

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 27/07/2008
Reeditado em 14/09/2010
Código do texto: T1099907
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