ESTRANHOS NA CAMA

ESTRANHOS NA CAMA

(Sócrates Di Lima)

Eu sei....

na madrugada a insônia te faz intolerante.

Olha ao teu lado,

um corpo mórbido espalhado na cama,

sem chama, sem alma.

Um corpo qualquer adormecido,

Que antes era um tudo,

Hoje, vazio, insignificante.,

Usado, por obrigação,

que ocupa um lugar sagrado,

que deveria ser do teu amado,

que dorme em outra cama,

talvez só,

talvez na companhia de um corpo mórbido,

Igual ao que tens no teu leito de sonhos.,

Que com o tempo, se tornou estranho,

E que insiste em não ir embora.,

São dois corpos estranhos numa mesma cama.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 25/07/2008
Reeditado em 14/09/2010
Código do texto: T1096581
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