ESTRANHOS NA CAMA
ESTRANHOS NA CAMA
(Sócrates Di Lima)
Eu sei....
na madrugada a insônia te faz intolerante.
Olha ao teu lado,
um corpo mórbido espalhado na cama,
sem chama, sem alma.
Um corpo qualquer adormecido,
Que antes era um tudo,
Hoje, vazio, insignificante.,
Usado, por obrigação,
que ocupa um lugar sagrado,
que deveria ser do teu amado,
que dorme em outra cama,
talvez só,
talvez na companhia de um corpo mórbido,
Igual ao que tens no teu leito de sonhos.,
Que com o tempo, se tornou estranho,
E que insiste em não ir embora.,
São dois corpos estranhos numa mesma cama.