DESPEJOS...
DESPEJOS
(Poet Ha, Abilio Machado. 220708)
Confiei quase que minha vida
Em suas mãos...
E que fez dela?!
Chutou-me pela calçada
Qual fosse eu uma cadela
À beira da morte
Ou na noite do cio...
Eu dormente
Indecente despejo
Esperava que de ti me provesse
Salvação e cura
Na sua doçura de mulher
Descobri uma criatura
Disposta a me colocar em clausura
Sem sombra, sem pão, sem afago de mão
Apenas o estalo sentido ao ar
E meu corpo ferido
Caído e desvalido
Por ter depositado em ti
Além de minha alma
Um coração!!!