logo eu!

logo você!

logo agora!

tão logo o lodo lava

a minha sorte

embora

mesmo que dos teus cabelos eu não solte.

porque sei que logo a vida leva longe

tudo aquilo que lavrava a alma

e arranca fora,

sem a intenção de trazer

de volta

aquilo que foi tirado a força.

à prova da forca

eu deixo que me levem os nossos episódios

- que são muitos

e me arrastem junto deles,

de joelhos,

porque me valem como poucos

outros - sem voz.

e se me toco, percebo logo o fundo oco

onde antes preenchíamos nós.

Lynce
Enviado por Lynce em 17/07/2008
Código do texto: T1085451
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