logo eu!
logo você!
logo agora!
tão logo o lodo lava
a minha sorte
embora
mesmo que dos teus cabelos eu não solte.
porque sei que logo a vida leva longe
tudo aquilo que lavrava a alma
e arranca fora,
sem a intenção de trazer
de volta
aquilo que foi tirado a força.
à prova da forca
eu deixo que me levem os nossos episódios
- que são muitos
e me arrastem junto deles,
de joelhos,
porque me valem como poucos
outros - sem voz.
e se me toco, percebo logo o fundo oco
onde antes preenchíamos nós.