Criança Demoníaca
Natimortos desejos pálidos na aurora sombria,
Evocações místicas de cadáveres belos em tumbas Vazias,
Tempestades em espirais de fantasmas e demônios Cálidos,
No amargo regresso do funeral mágico.
Em congênitos lamentos de vidas passadas,
Fogo fátuo na única movimentação luminosa de um Dia obscuro,
Ao ar livre meus pulmões frágeis reclamam,
Em casa finalmente me encontro,
A tristeza viola meus pensamentos e o marca Indelevelmente,
Para que carregue sua lembrança infeliz.
Espancamentos apenas ressoam vagos,
Claros o suficiente para a dor seja ressucitada,
Criança de bruços em cantos do quarto escondido ,
Onde estará a verdade, numa lousa gelada,ou já em Cova rasa ?
No altar onde Cristo de olhos fechados,
Parece cochilar pendurado,
Recolho-me a imagem da Bela Virgem,pálida e Chorosa,
No contorno de suas pernas e no pranto tão Familiar encontro
Minha erótica assombração mítica.
Da cama ao altar,em contemplação silenciosa,
Na escuridão apenas as velas iluminavam,
Os estúpidos bonecos mal conservados de santos,
Santos de mentiras em traços destruídos pelo Tempo.
Do receio infantil da ira divina, um prazer Nascia,
No intolerável abandono do pequeno cristão não Convicto fervilhavam
As sementes da diabólica jornada redentora,
Em companhia de pensamentos maduros e fantasias Sangrentas,
Uma musa depravada,um inimigo e Satã como Guia.