A poesia e eu

A poesia e eu

Detrás daquela árvore
Frondosa fresca e de grande cúpula
Sentei-me e meditei
Segurei na minha paleta e numa tela
e pintei em traços firmes o desejo que me ia na alma
E que eu queria mudar o meu estado de alma
Suspirava e em cada suspiro a poesia parecia nascer
nos traços fortes pelo furor da mágoa irada
Que me ia no espírito
O desejo era privado era meu do meu descontentamento
Que eu desejava tornar num alento de esperança
Queria criar ali afagos brandos
E doce calmaria
Que desfizesse o mal que tinha sido a razão do meu furor
Mas não consegui
Tanto mal não podia nunca ser mudado
Não havia harmonia nem eu estava ali
Apenas o tormento que não podia ser desfeito
Os traços eram instáveis e ali não havia vida
que não se encobre com enganos.

De t,ta
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 14/07/2008
Código do texto: T1079353
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