Não!

Intérmina dor, profunda e insana

recita n’alma imprópria chama

e inda mais dor tece ao coração

que se não me mata de tudo

ataca qual violento vulcão

que vomita além da lava o desamor

e é por isso que eu choro

e a essa dor eu imploro:

vai, não voltes mais.

Términa união dissolve os olhos

e perdido e vago o olhar chora

e desencontra quem nele inda mora

mas sem o grande amor morado antes.

Torcível, restam apenas um coração magoado

e a negrura da malvada solidão

que nada alcança mesmo estirando as mãos

como se o olhar não mais o olhasse

e o outro coração não o amasse

enchendo-lhe de dor com a dor do não!