Amargura

A face da mais bela ninfa grega e os desígnios afrodisíacos de Eros encontram o máximo de esplendor em tuas formas,

a sedução irresistível como um vórtice maligno que aprisiona é uma dor poderosa inicialmente prazerosa de sentir,

como um vigilante da Legião de Semyaz eu abandono meu lar e resigno me em trevas

por não resistir aos teus encantos.

Tal qual o antigo anjo por diferentes motivos percorremos a trilha que conduz ao mesmo fúnebre destino,

embora eu tenha o amparo de quem principiou a Revolta dos Céus

podendo ruminar meu pranto em lágrimas que irão perdurar até que mesmo a tua beleza rompa-se e volte ao pó.

Procuro amargurado a melhor forma de suportar a torrente de sentimentos negativos que oprime meu peito

enquanto a vejo nos braços de outrem

Floresceu no jardim uma estranha ramificação,árvore centenária retorcida em forma de cadáver como nos contos de fadas

tem nossos nomes escritos a faca

e morta, desfolhada e triste como nosso mal sucedido romance

ela pavorosamente grande é um lembrete insistente de meu fracasso.

O homem é estúpido por remoer cada momento doloroso evocando fantasmas do passado sem ater se a uma esperança futura ou ao presente,

eu talvez confuso ,quem sabe masoquista abomino toda alegria e medito sobre o infortúnio tornando o sempre atual e revivendo o a cada instante

culpando a em parte por isso admito que é algo inerente a mim.

Lágrimas que não amaciam meu sofrimento nem aliviam, ao contrário ,apenas desabrocham em meu rosto cansado, correm

sem esforço,

no campo livre contando estrelas eu absorvo seu desprezo

e não adormeço repetindo incessantemente que não a tenho

e como sou desgraçado por isto.