Caminhada

Andei...andei...andei...

No desvairio da procura indefinida, andei

De repente, assim sem mais porquê,

Vi o vazio ao meu redor

Na inviabilidade de não ser

O desamor se agiganta nos gestos

Nos ouvidos ressoam mentiras

A interrogação é sempre uma constante

O real se mescla com a obscuridade do falso

Na farsa cotidiana da existência.

Andei...andei,...andei...

As ilusões uma a uma vi morrer

Enxerguei a dor nos rostos esculpida,

Senti o calor da lágrima caindo

Do desespero as garras experimentei

Eu, que só queria conhecer

A sublimidade de um amor sem máscaras

Andei...andei...andei...

Doris Werner
Enviado por Doris Werner em 13/07/2008
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