O QUE OS OLHOS NÃO VÊEM O CORAÇÃO NAO SENTE
Olhos ávidos,
bocas sedentas,
ocultos desejos impávidos,
mãos que buscam, rebuscam
digitam...
mentes fervilhantes
amantes,
machos que gritam
por sedução,
ensaiam antigos cânticos
dançam
nas asas da imaginação,
insistentemente me cansam,
no cantar à Maria,
fazem versos, métricos ou não,
pra se fazer na poesia;
Sem medo, sem receio, sem ética
importa é a conquista,
conquista frenética,
com invisíveis movimentos,
em escrita que não se lê,
no silêncio que você consente
não desdiz,
e dá alento
ao velho ditado que diz:
“o que os olhos não vêem
o coração não sente”...
A. JORGÊ
25/09/06