SOLUÇOS

Tem horas que eu me perco de vista;

Que todas as palavras que disponho não me dizem nada;

Que me sinto ignorado, mesmo que o mundo inteiro me assista;

São horas em que a minha verdade se sente enganada!

Que tudo ao meu redor, representa e me ilude;

E os confetes sobre mim, são retalhos de hipocrisia;

Que só serei compreendido por quem jamais me estude;

E que uma profunda solidão, conspira contra minha alegria!

Tem horas em que até o sol me parece sorrateiro;

E que a luz sobre mim é mais escura que a sombra dos outros;

Que a trave nos olhos alheios, aparenta ser menor que o meu argueiro;

E que meus máximos sequer conseguem tornarem-se poucos!

É nessas horas, e sob soluços, que reflito no que de fato importa;

Se existe alguma relevância no que eu penso ser fundamental;

Que a diferença do entrar para o sair, é o lado em que se vê a porta;

Que o bem anda me traindo, atirando-se nos braços do que me faz mal!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 08/07/2008
Código do texto: T1070343
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