SOLUÇOS
Tem horas que eu me perco de vista;
Que todas as palavras que disponho não me dizem nada;
Que me sinto ignorado, mesmo que o mundo inteiro me assista;
São horas em que a minha verdade se sente enganada!
Que tudo ao meu redor, representa e me ilude;
E os confetes sobre mim, são retalhos de hipocrisia;
Que só serei compreendido por quem jamais me estude;
E que uma profunda solidão, conspira contra minha alegria!
Tem horas em que até o sol me parece sorrateiro;
E que a luz sobre mim é mais escura que a sombra dos outros;
Que a trave nos olhos alheios, aparenta ser menor que o meu argueiro;
E que meus máximos sequer conseguem tornarem-se poucos!
É nessas horas, e sob soluços, que reflito no que de fato importa;
Se existe alguma relevância no que eu penso ser fundamental;
Que a diferença do entrar para o sair, é o lado em que se vê a porta;
Que o bem anda me traindo, atirando-se nos braços do que me faz mal!!