IGUALDADE
IGUALDADE
Paulo Gondim
07/07/2008
Vês, todo teu pensamento não mais conta
Nada restou que pudesse servir-te de memória
Toda tua empáfia sucumbiu. Estás mudo!
Poucos se lembrarão de tua pobre história
Os anos de dourado viver já não existem
Esses mesmos anos se fizeram teu algoz
Aos poucos te consumiram por inteiro
Restando-te a desventura desta sina atroz
Fizeste-te desigual, superior e desumano
Nada te satisfazias na tua cruel postura
Não aceitavas nada além de tua vontade
O outro para ti era somente pobre criatura
Mas o tempo sempre cura as mágoas e feridas
E haverás de purgar todas as ilusões perdidas
Talvez, tua teimosia se mantenha apenas por sorte
Mas hás de te tornares bastante, por igual, na morte