FIM DE PAPO

Não espia minha dor nem vigia meu choro,

Sou todo momento, sou sofrimento guardado.

Minhas lágrimas vêm de longa data, seu riso,

Incontida alegria ante a despedida, sozinho,

Somente eu e tuas histórias bem contadas.

Fomos amantes irreverentes, estridentes.

Fomos corpo e alma no calor da maior paixão,

Não há dúvida do passado, nem mesmo da mentira.

Eis ai o grande pecado, a ruptura de um sonho inventado,

Um bom achado que se foi na falta de confiança.

Eis o grande pecado, a mentira que guardou,

Que cercou um segredo insipiente, a falta de amor.

Como sempre, foi bom enquanto durou,

Mas dói na alma que perdeu seu rumo.

Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 01/02/2006
Reeditado em 01/02/2006
Código do texto: T106878