FIM DE PAPO
Não espia minha dor nem vigia meu choro,
Sou todo momento, sou sofrimento guardado.
Minhas lágrimas vêm de longa data, seu riso,
Incontida alegria ante a despedida, sozinho,
Somente eu e tuas histórias bem contadas.
Fomos amantes irreverentes, estridentes.
Fomos corpo e alma no calor da maior paixão,
Não há dúvida do passado, nem mesmo da mentira.
Eis ai o grande pecado, a ruptura de um sonho inventado,
Um bom achado que se foi na falta de confiança.
Eis o grande pecado, a mentira que guardou,
Que cercou um segredo insipiente, a falta de amor.
Como sempre, foi bom enquanto durou,
Mas dói na alma que perdeu seu rumo.