O tempo

Indelicado e impiedoso

Passa quase despercebido

Correndo sempre tão ansioso

Andando rumo ao desconhecido.

Seu bater sempre constante

Leva minutos que nunca voltam

Em seus ponteiros a cada instante

Vão-se momentos que não retornam.

Mesmo momentos inesquecíveis

Ou aqueles de mais pureza

Vão-se em ponteiros imprescindíveis

Somem em meio a tanta tristeza.

Aquele que tudo cura

Que faz a tudo esquecer

Desde o amor à amargura

Vai arrancando-lhe o viver.

Passa assim tão cruelmente

Arrancando-lhe sim a vida

Correndo assim tão friamente

Trazendo a hora da partida.

Marina Dalmass
Enviado por Marina Dalmass em 05/07/2008
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