A nossa decadência poética

No Recife não há mais poesia (?).

Estagnou-se no passado o dia

Em que a cidade era palco

Do mais nobre salto

Dos poetas serelepes.

No Recife não há problemas.

É, em si, todo problema!

No Recife os poetas de hoje em dia

São, em sua grande maioria,

Marginais,

Ou acrobatas de sinais.

Não há mais verbo,

Há apenas corpo,

Em um corpo todo doente.

Sim, o Recife está carente;

O Recife é um delinqüente

Entorpecido de cola.

Antigamente era uma escola

Hoje é decadente.

André Raboni
Enviado por André Raboni em 02/07/2008
Código do texto: T1061591
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