A MÁSCARA DO ENGÔDO

A MÁSCARA DO ENGÔDO

Diante de um formidável faceto,

Cria-se a isca prosaica do vácuo social

Para essa platéia tenaz, mas cega,

Onde o óbvio já não satisfaz.

Disfarçando contornos e alterando texturas,

Dissimula-se o cárcere,

Num fausto engôdo poético.

Então calo-me, feito escrava amordaçada,

Ante um carrasco e um rei.

E o poço profundo, sangra.