FIM DO GRANDE AMOR

 

Já não há saudade,

foi-se embora a vontade

de te bem querer...

Já não há desejo,

mesmo quando

acende a brasa minha...

Que ao final do ato

fica apenas o vazio

e o medo de seguir

além...Sozinha!

Encarar o Mundo lá fora

encontrar talvez alguém...

E tudo o que abondonei!

Era estrada de chão

era terra vermelha!

Mochila ao alcance

das mãos sempre pronta

pra viagens sem previsão...

E entre idas e vindas

em algum lugar por aí

em tantas estradas percorridas,

perdeu-se minha ilusão...

Rompeu-se meu coração!

Terra virando asfalto...

Você parece junto a mim

mas não está!

Desaparece...

E já vejo a constatação

de erros seus virando meus

em momentos que eu não estava!

Tudo isto relevei...

Todo o resto perdoei...

E quando mais precisei de ti...

Me faltou por covardia!

Fez de mim seu instrumento,

pra isto não há argumento...

Morreu de vez o que já sucumbia

e hoje enterrei meu amor

no cerrado em calor e poeira

em noite de Lua Cheia!

Decidida, mas em dor...

Tristeza em cada lágrima,

me vi sem eira nem beira,

mas decidida a me recompor!

Perdi junto o desejo

pela carne-de-sol,

pamonha,

pequi,

feijoadas,

galinhadas,

tucunarés,

tudo o que ali me alegrava!

Nem de beiju gosto mais!

Beijos e carícias tuas evito...

O que era Festa e Sol

hoje é rasgo fundo no solo,

mais um túnel no teu subsolo!

E a vida segue correndo

até que eu tenha coragem

de dizer que vou embora...

De dizer que estou sofrendo...

E “quem sabe faz a hora”...

Que ao teu lado

estou morrendo!!!

 

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Vasculhando e arrumando meus papéis encontrei este poema inédito

escrito com toda a TRISTEZA PELO FIM DE MEU GRANDE AMOR em

 

03/07/1993

 

Garimpo de Esmeraldas de Campos Verdes/Goiás

 

E fico me indagando...

Como pude ter coragem de dizer ADEUS só após longos 7 anos?!?!

E a resposta é muito simples:

POR AMOR A MINHA FAMÍLIA JÁ CONSTITUÍDA...

POR ACREDITAR QUE DEPOIS DE DEUS O QUE HÁ DE MAIS VALIOSO É A FAMÍLIA...

QUE UMA CRIANÇA MERECE TER OS PAIS SEMPRE JUNTOS APESAR DAS DIFERENÇAS...

E QUE TALVEZ AINDA HOUVESSE RESSUREIÇÃO PARA AQUELA IMENSA PAIXÃO...

Mas nada é para sempre...

E quando a paixão não dá lugar ao verdadeiro amor e acaba o respeito pela individualidade, todo o resto acaba junto...

O que morreu e foi simbolicamente enterrado em 1993, exumado foi em 2000.

E não havia ossada...
Apenas cinzas...


Graças dou a Deus por esta Libertação!


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A meu pedido minha filha leu este poema. Liguei ansiosa para ouvir seu comentário. Senti que segurava uma risadinha maliciosa...

- Fala!Fala, filha!O que achou? É um pedaço da sua vidinha ali também! Fala logo!

- Pô, mãe...Aí...Leva a mal naum...Antes eu desconfiava, agora eu tenho certeza!!!

- De que, menina? Fala logo!

- Tu é mais velha que "A Bisa"...hahaha...7 anos pra dizer "Adeussssssssss"...- e ria - eu já te achava lesadinha, agora eu tenho certeza! hahahaha\\ô//...hahaha...

- Por você!Não leu não, é?

- Pô...Ninguém merece...Eu naum levo nem 7 segundos!!!
Te amuuuuuu, "Estranhaaa"...rs

E rimos juntas.

Tah certa...Tah certa a minha "baixinha"!rs






Music ROMARIA by Almir Sater
(Part. Pena Branca & Xavantinho)


BRASIL///SIL///S
IL

MarCela Torres
Enviado por MarCela Torres em 22/06/2008
Reeditado em 24/03/2009
Código do texto: T1045432
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